29 abril, 2014

Upsee



A ideia é simples, mas tem a grandeza de permitir uma alteração substancial na rotina de algumas crianças com paralisia cerebral. Lançado há pouco tempo no mercado (dia 7 de abril)  pela empresa britânica Firefly, que concebe equipamentos para crianças com necessidades especiais, o Upsee é  um dispositivo de mobilidade que permite às crianças com dificuldades motoras permanecer de pé e caminhar com a ajuda de um adulto.
Uma mãe israelita não se conformou com as palavras da terapeuta de Rotem, o seu filho nascido com paralisia cerebral e que hoje tem 19 anos-" o seu filho não sabe o que são as suas pernas". A partir deste momento, Debby começou a pensar em ideias que pudessem ajudar o seu filho a sentir a sensação de poder andar. Concebeu então um dispositivo que Rotem usou até aos sete anos de idade. No entanto, o equipamento demorou 10 anos a ser aperfeiçoado até chegar  à forma do Upsee,  um colete que, ao ser amarrado à cintura de um adulto, permite à criança caminhar ao mesmo tempo que o adulto. Existe em dois tamanhos podendo ser usado por crianças de 1 ano e até aos 8 anos.
Apesar de animador, este equipamento requer atenção especial uma vez que há diversos quadros de paralisia e é preciso avaliar cada criança antes de ela experimentar o Upsee. Por outro lado, o tamanho da criança e o bom equilíbrio que requer dos pais pode ser impeditivo do uso deste dispositivo.

Este equipamento não influencia a capacidade da criança em andar mas irá concerteza proporcionar-lhe um desenvolvimento físico e emocional melhor a curto e longo prazo.


http://www.fireflyfriends.com

02 abril, 2014

DIA MUNDIAL da CONSCIENCIALIZAÇÃO do AUTISMO

















Dia Mundial da  Consciencialização do Autismo
World Autism Awareness Day 
Journée mondiale de sensibilisation à l'autisme
Мир информации о проблеме аутизма день
Giornata mondiale per la consapevolezza dell'autismo
יום מודעות העולמי אוטיזם
Día Mundial de Concienciación sobre el Autismo
Welt-Autismus-Tag







Neste dia, muitas cidades em todo o mundo iluminam os seus edifícios de azul juntando-se assim a esta efeméride.












 Este dia  foi criado pela ONU, em 18 de Dezembro de 2007 ,        com o propósito de aumentar a consciencialização sobre as pessoas, especialmente crianças, com esta perturbação e sublinhar a necessidade de ajudar a melhorar as suas vidas.






 A proposta partiu da  organização norte americana "Autism Speaks", com o apoio do embaixador do Qatar.





Foi em 1943 que, Leo Kanner chamou a atenção, pela primeira vez, para um grupo de crianças que revelava isolamento social, alterações da fala e necessidade imperiosa de manutenção da rotina. 


Em termos clínicos, os sintomas podem estar presentes desde o nascimento (70% dos casos) ou surgirem antes dos três anos de idade numa criança que, até então, teve um desenvolvimento aparentemente normal (30% dos casos). A criança apresenta‑se desligada do meio e não responde ao seu nome. Não retribui um sorriso e faz pouco contato com o olhar. É capaz de ficar muito tempo sozinha e só procura os outros quando precisa de algo.

O importante é a necessidade de manter uma rotina. Um autista demonstra grande desconforto perante mudanças no seu dia‑a‑dia, mesmo as mais simples como por exemplo, uma simples troca de lugar na sua sala.


Apresenta, frequentemente, interesses e manias pouco comuns. Demonstra grande atração por objetos que giram e escolhe como “brinquedo preferido” coisas invulgares como cordéis ou caixas de papelão. Manipula estes objetos de forma extremamente repetitiva ( alinhando objetos ou colocando e retirando algo de uma caixa),podendo permanecer assim durante horas, se a deixarem.


Outro sintoma de grande impacto na vida dos portadores de autismo é a hipersensibilidade sensorial: os sons doem nos seus ouvidos e um simples toque no corpo pode ser desconfortável. 


É frequente não conseguirem processar diferentes estímulos sensoriais ao mesmo tempo, ou seja, se estiverem muito atentos a algum estímulo visual, não conseguirão ouvir uma uma pessoa ou uma música .
Já a memória visual costuma ser um ponto forte nas pessoas portadoras de autismo.


Embora não haja um tratamento que cure o autismo, sabe‑se  que algumas técnicas comportamentais e educacionais trazem alguns benefícios quando iniciadas precocemente.

É  fundamental que a criança com autismo viva num ambiente estruturado, no qual as regras devem ser claras e explicadas constantemente. 

A criança precisa saber o que se espera dela, pelo que deve ser preparada para modificações na sua rotina. Reduzir o número de fatores inesperados no seu dia‑a‑dia é, por isso, absolutamente necessário, já que o imprevisível causa,muitas vezes, uma birra.